Afilhada de Frank Sinatra, Nikka Costa estreou ainda
criança.
Com uma voz estridente que lembrava Michael Jackson dos
anos 70, Nikka Costa começou muito cedo a carreira de cantora. Graças ao pai, Don
Costa, a pequena japonesa de Tóquio, de origem ítalo-americana cantou com Frank
Sinatra com apenas nove anos. Sinatra, amigo pessoal de Don e padrinho de
Nikka, fez um dueto com a pequena em plena Casa Branca, durante um concerto
beneficente para a Fundação "To love a child" de Nancy Reagan.
Mas não foi titio Sinatra que deu fama à afilhada. Nesta época, Nikka já
era famosa por cantar a balada “On my own”. Seu primeiro disco, lançado em
1981, vendeu dois milhões de cópias no mundo todo – com exceção dos Estados
Unidos, ironicamente, país onde vivia.
Nikka cresceu nos estúdios de Los Angeles acompanhando o pai, que produzia artistas
do soul como Quincy Jones e Sammy Davis Jr. Em 1983, Don produziu o segundo
disco da filha, “Fairy Tales”. Mas uma tragédia interrompeu o que poderia ser
mais um grande sucesso em sua carreira. Durante as viagens de divulgação do
álbum, Nikka ficou sabendo da morte do pai, por infarto.
Sem seu incentivador e protetor ao lado, Nikka desapareceu do mapa.
Ficou seis anos sem gravar até 1989 quando, adolescente, lançou “Here I Am”.
Uma das baladinhas do disco, “Midnight”, fez sucesso no Brasil ao se tornar
tema da novela “Gente Fina”. Mas foi na Austrália que Nikka fez seu maior
número de fãs. Tanto que recebeu uma indicação a Melhor Artista Revelação no
Australian Recording Industry Awards.
Graças ao sucesso na Austrália, Nikka se mudou para lá aos 20 anos, em 1992. Em
1996, lançou “Butterfly Rocket” e “Live At The Bridge”. Mas sua carreira deu
uma reviravolta mesmo quando conheceu o produtor Dominique Trenier, que a
apresentou a Justin Stanley e DJ Mark Ronson (ex-produtor de Amy Winehouse e irmão
de Samantha Ronson). Por
influência dos três, Nikka ganhou um banho de rhythm & blues e rock e
lançou “Everybody Got Their Something” (2001).
Vestindo roupas sensuais, com decotes ousadíssimos e calças valorizando
o bumbum - “Batalho muito para deixá-lo bonito”, disse, certa vez -, Nikka
Costa vem tentando se transformar em símbolo sexual. Desde a virada em 2001, a
cantora lançou ainda os elogiados “Can'tneverdidnothin'” (2005) e “Pebble To A
Pearl” (setembro de 2008). Sempre primando pela ousadia no visual.
Atualmente, é casada com Justin Stanley - um dos produtores que a ajudaram no seu “desabrochar” -, e tem um filho pequeno, Sugar, de dois anos.
Fonte: Globo.com