Morreu aos 91 anos, Ademilde Fonseca, última representante da verdadeira época do ouro da música brasileira. Nascida no Rio Grande do Norte, a cantora ganhou popularidade no início dos anos 40 quando gravou “Tico-Tico no Fubá”, choro de Zequinha de Abreu. Até então, o choro era para ser tocado e não cantado. Ademilde acabou ganhando o título de “Rainha do Choro”. Cantou na Rádio Nacional onde fora chamada para, de certa forma, substituir Carmen Miranda que também tinha samba-choro em seu repertório, entre eles as clássicas “Adeus, batucada” e “Cachorro vagabundo”.
Apesar de ter a idade avançada, Ademilde continuava se apresentando e participando de programas de televisão. Para ajudá-la nos palcos, por causa de problemas no coração seu famoso fôlego já não era mais o mesmo, ela escalou a filha, a também cantora Eimar Fonseca. Ademilde era reverenciada pela nova geração e chegou a se apresentar em templos da moderna música brasileira, como o Circo Voador, no Rio de Janeiro. Foram mais de 70 anos de carreira!
Ademilde morreu em casa, no Rio de Janeiro, após passar mal, na noite desta terça-feira, 27 de março.
Fonte: GLOBO.COM
Foto: Simone Marinho/ Ag O Globo
(Danilo Casaletti)