Um dos
nomes mais importantes da música brasileira, cantor morreu no Rio de Janeiro
segundo seu filho, João Marcelo Gilberto.
João Gilberto morreu
neste sábado (6) aos 88 anos. O músico, um dos criadores da bossa nova, morreu
em casa, no Rio de Janeiro. Ele sofria com problemas de saúde há algum tempo. A
informação foi confirmada ao G1 pelo seu
filho, João Marcelo Gilberto, que mora nos Estados Unidos. Além de Marcelo, ele
deixa outros dois filhos, Bebel e Luisa.
"Meu pai
morreu. Sua luta foi nobre, ele tentou manter sua dignidade ao perder sua
soberania", escreveu João Marcelo no Facebook. "Gostaria de agradecer
a Maria do Ceu por estar a seu lado no final. Ela foi sua verdadeira amiga e
companheira."
Recluso, João
foi interditado
judicialmente pela filha, Bebel Gilberto, no fim de 2017. A
interdição motivou uma disputa familiar entre Bebel e João Marcelo.
Em nota, a advogada
de Bebel disse que a intervenção foi motivada por problemas de saúde e
complicações financeiras do cantor.
Pai da
bossa nova
João Gilberto Prado
Pereira de Oliveira, cantor e violonista baiano, concluiu em 1961 a trilogia de
álbuns fundamentais que apresentaram a bossa nova ao mundo: "Chega de
saudade" (1959), "O amor, o sorriso e a flor" (1960) e
"João Gilberto" de 1961.
O álbum que marcou o
início da bossa nova, "Chega de saudade", traz composição de Tom
Jobim (1927-1994) e Vinicius de Moraes (1913-1980) que havia sido apresentada
em um LP em abril de 1958 por Elizeth Cardoso (1920-1990). Com a voz de João, a
versão mais conhecida da música foi lançada em agosto do mesmo ano.
O artista não parou
com suas criações e seguiu com shows e discos que se tornaram obras de arte,
como é o caso de "Amoroso”, álbum gravado nos Estados Unidos entre 1976 e
1977 sob o selo Warner Music.
O disco foi relançado
no Brasil em formato longo durante os festejos dos 60 anos da Bossa Nova. O
álbum celebra o encontro harmonioso do artista brasileiro com o maestro alemão
Claus Ogerman (1930 – 2016).
A produção de João
foi objeto de uma disputa judicial em 2018. A defesa do cantor pedia uma
revisão no valor de uma indenização da gravadora EMI Records, hoje controlada
pela Universal Music. Em 2015, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) proibiu a
empresa de vender os discos do artista sem seu consentimento. A Universal não
comenta o caso.
Fonte: G1